Max é suspenso do futebol por dois anos pelo STJD

Leonardo Erys - repórter
O atacante Max, ex-América, foi suspenso por dois anos do futebol profissional. O julgamento pelo uso de cocaína do atleta ocorreu nesta sexta-feira (9) no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e jogador ficará afastado dos gramados até 2014. O atleta admitiu pela primeira vez o uso da substância ilícita no tribunal. O atacante ainda terá de pagar uma multa de R$ 1 mil.
Rodrigo SenaMax poderá recorrer à decisão no Pleno. Jogador está suspesno por dois anos pelo uso de cocaínaMax poderá recorrer à decisão no Pleno. Jogador está suspesno por dois anos pelo uso de cocaína

Max foi punido com base no artigo 2º, item 2.1, do Código Mundial Antidopagem, pela "presença de uma substância proibida ou de seus metabólicos ou marcadores em uma amostra colhida do atleta". O jogador foi pego no antidoping pelo uso de cocaína em exame após a partida entre América e Ipatinga, pela Série B, no dia 20 de julho, no Nazarenão, em Goianinha. O jogador pediu a contraprova, que também acusou o uso da droga. O jogador ainda poderá recorrer da decisão no Pleno.

Por maioria de votos, o atleta foi punido e não poderá atuar em nenhuma clube profssional nos próximos dois anos. "Cocaína é uma susbtância proibida e que não pode passar ilesa no tribunal. Ele [Max] deveria ter informado a alguém do clube e ter evitado o jogo e o exame", disse o presidente da Quarta Comissão Disciplinar, Paulo Racks, que acompanhou o voto do relator na punição do atleta por dois anos. "Esse erro no futebol é grave, pesado", concluiu o presidente. 

O jogador também terá de pagar o valor de R$ 1 mil por "deixar de colaborar com os órgãos da Justiça Desportiva e com as demais autoridades desportivas na apuração de irregularidades ou infrações disciplinares", incluso no artigo 220-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Durante o seu depoimento no tribunal, Max alegou que não é usuário da droga e que havia usado cocaína uma vez apenas, ainda em Minas Gerais, antes de acertar com o América para a Série B. "No momento que aconteceu, foi uma única vez, como tinha passado muito tempo, não lembrei. Não sou usuário de drogas. Na ocasião estava todo mundo bêbado e fizemos uso. Esse foi o primeiro jogo [contra o Ipatinga] após assinar o contrato", relatou.

O médico Bruno Borges Fonseca, da Comissão de Antidopagem, fez afirmação contrária a do atacante. "Se foi uma tomada só, com certeza não foi 1 mês antes, 10 dias estourando", disse. "Ela tem um efeito rápido e não fica muito tempo no organismo. A cocaína em si, o tempo normal dela de saída varia de 1 semana, 20 dias no máximo", concluiu.

De acordo com Max, o uso da droga se deu em uma festa, num "momento de fraqueza", quando ainda não havia assinado contrato para atuar em algum clube. O jogador relatou ainda que fez uso da cocaína após uma briga com a esposa. "Tinha brigado com ela e estava com problemas que não eram resolvidos no lado profissional. Discuti com minha noiva e fui para uma festa, onde fiz o uso", explicou. 

O advogado do América, Osvaldo Sestário, tentava que a pena máxima de dois anos não fosse aplicada ao atleta devido a idade avançada de Max, 29 anos, para jogar profissionalmente.  "A defesa não espera pena deste tribunal, mas que seja levado em consideração os atenuantes, a vida do Max que, com 29 anos, foi submetido a vários outros exames e nunca deu positivo, além da carreira futura do atleta. A defesa pede que seja feita justiça, levando em conta o atenuante e que não seja aplicada a pena máxima", disse.

Apenas o auditor Paulo Fez votou pela redução da pena para um ano, alegando que seria complicado um retorno do atacante aos gramados aos 31 anos de idade. " A função da Justiça Desportiva tem que previlegiar a competição e o futebol, mas principalmente agir no quesito disciplinar, mas não penso em encerrar a carreira do atleta", disse.
da TN

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