Organização do Enem é mal avaliada em Natal

(Foto: Ricardo Araújo/G1)

Uma colisão entre três veículos provocou um longo engarrafamento na Avenida Engenheiro Roberto Freire, zona Sul de Natal, duas horas antes do início da aplicação das provas do Enem neste sábado (3). Os estudantes que seguiam em direção a três pontos de prova ao longo da avenida tiveram que descer dos ônibus e automóveis e seguir correndo para seus respectivos locais de provas. Muitos deles, porém, não conseguiram chegar na hora marcada e perderam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em uma única universidade particular cedida para o Ministério da Educação, pelo menos 150 candidatos foram excluídos do Exame.

De acordo com o estudante Washington Bezerra, de 25 anos, a colisão entre os veículos provocou um longo e demorado engarrafamento. "Nós ficamos mais de uma hora presos no trânsito. Meus amigos e eu saímos correndo, para não perder a prova. Mas não deu tempo. É frustrante", afirmou o candidato que faria a prova no prédio de uma universidade privada. Este seria o quarto Enem de Washington que iria concorrer a uma vaga na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para o curso de Medicina.

Poucos metros adiante, um grupo de aproximadamente 150 alunos pressionava os seguranças de outra universidade particular a liberarem a entrada. Todos eles se atrasaram em decorrência da batida entre os carros. "É um absurdo. A gente se prepara o ano inteiro, sonha em entrar na universidade e acontece isso. Eu saí de casa cedo, moro do outro lado da cidade e fiz de tudo para chegar na hora e aconteceu o acidente", lamentou o candidato Jackson Henrique, de 20 anos. Os policiais militares que fazem a segurança das provas e dos locais de realização pediram reforço. Três viaturas e um grupo do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram encaminhado ao local.

 Diante do número de estudantes prejudicados, a organização do Enem no estabelecimento permitiu que uma comissão de candidatos entrasse no prédio para discutir a questão. Entretanto, a conversa foi mediada pela major da Polícia Militar, Tereza Biorgio. "A organização nem veio falar com a gente. É um descaso total", afirmou Jackson Henrique que fez parte da comissão. Aos estudantes, a major orientou que eles procurassem seus direitos junto aos órgãos competentes, como o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Justiça. "Infelizmente, eles perderam as provas", asseverou a militar.
Fonte: VNT

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