Protesto interrompe trânsito em uma das principais vias do Alecrim


Os trabalhadores do setor da Construção Civil de Natal interromperam, na manhã desta quinta-feira (8), o trânsito em uma das principais vias do Alecrim, que serve para o tráfego de veículos que vêm do centro de Natal. A rua Fonseca e Silva e a continuação, avenida Amaro Barreto, foram tomadas por centenas de trabalhadores que cobram melhorias salariais. O trânsito precisou ser desviado.
Os trabalhadores ficaram em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do RN (Sintracon), onde utilizaram dois carros de som para protestar por melhores salários e cobrar sensibilização por parte dos empresários do segmento, que estão em fase de negociação com a categoria.

Devido ao início de uma assembleia com trabalhadores da construção civil leve com empresários, por volta das 11h, parte dos trabalhadores saiu das ruas, permanecendo na manifestação apenas as pessoas da construção civil pesada. 

Quem trafegava próximo ao cemitério do Alecrim precisou utilizar o desvio nas ruas Tenente Alberto Gomes e Rafael Fernandes, laterais ao cemitério. Apesar dos desvios, o trânsito também estava lento nas vias alternativas e servidores da Semob organizaram o trânsito no trecho. A Polícia Militar também esteve com uma viatura do policiamento de bairro no local do protesto, segundo o soldado Gilson, devido a uma ordem da Central para supervisionar o local.

O fiscal de trânsito da Semob Jonas Cristino da Silva disse que a secretaria estava com representantes no local pois havia sido avisada previamente pelo sindicato sobre a manifestação. "O sindicato disse que por volta das 8h30 começaria o protesto e que a interrupção do trânsito seria de cerca de uma hora", disse Jonas após mais de duas horas de interdição.

Motoristas dos diversos ônibus que passam pelo local afirmavam que o engarrafamento, por volta das 10h30, alcançava a Cosern, no viaduto do Baldo.

Esta não é a primeira vez que o trânsito é prejudicado devido a manifestações de trabalhadores. No dia 18 do mês passado os trabalhadores deslocaram-se, em protesto, da sede do sindicato no Alecrim até a Superintendência Regional do Trabalho, na avenida Duque de Caxias, na Ribeira, também interditando o trânsito no local.

Reivindicações

Os trabalhadores da Arena das Dunas pedem um reajuste salarial de 25% sobre o piso atual de R$ 810 reais dos trabalhadores da construção pesada. A proposta dos empresários membros do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no RN (Sinduscon-RN) é de que esse reajuste seja de 3,5%. 

Esta paralisação, que envolve trabalhadores da Arena das Dunas, é a terceira durante a construção do estádio. A última grande parada ocorreu em abril, quando os trabalhadores permaneceram em greve por dez dias depois que doze funcionários foram demitidos.

Luciano Ribeiro, conhecido como "Xuxa" e diretor financeiro do Sintracon, afirmou que uma assembleia realizada hoje discute novamente a possibilidade de reajuste, tanto para trabalhadores da construção leve quanto da construção pesada. A assessoria da OAS, empresa responsável pela construção do estádio, os trabalhadores estavam paralisados até o fim da manhã de hoje.
da TN

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