Mãe que matou bebê de oito meses apanha e deixa CDP

A dona de casa Josenilde Lopes de Mendonça, de 35 anos, que matou o filho de oito meses durante o Carnaval, já não está no Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim. Ontem (20), logo ao chegar à unidade prisional, a detenta foi agredida por uma presa e hostilizada pelas demais detentas. Ela precisou ser encaminhada para o Complexo Penal João Chaves, onde ficará em local isolado.

De acordo com a diretora do CDP de Parnamirim, Hindiane Saiures Araújo de Medeiros, Josenilde Lopes sequer chegou a entrar em uma das três celas da unidade. Assim que entrou no prédio onde estão abrigadas mais de 100 detentas, a assassina do bebê Ramon Gabriel ouviu gritos e ameaças das demais presas, sendo necessária a transferência. Porém, nem a precaução da direção do CDP evitou uma agressão.

Como não havia condições de acomodar Josenilde em uma das celas sem que a integridade física da dona de casa fosse ameaçada, a direção do CDP deu entrada no pedido para que ela fosse transferida para a João Chaves. Josenilde foi algemada em uma das mãos dentro de uma sala, enquanto a documentação necessária para a transferência era preparada. Contudo, outra presa que estava foragida também estava chegando à unidade e também foi algemada em uma das mãos na sala onde estava Josenilde. Ela foi a autora da agressão.

As duas foram colocadas em distância segura uma da outra, mas a detenta que havia acabado de chegar ao CDP estava com um colar de aço cirúrgico em um dos bolsos. Com a mão que estava livre, ela utilizou o colar para açoitar Josenilde Lopes. A dona de casa gritou e os agentes imobilizaram a outra detenta.

"Ela (Josenilde) ficou com marcas nos braços, mas nada grave. Assim que ela começou a gritar nós entramos e controlamos a situação. A outra presa foi algemada nas duas mãos e demos prosseguimento à transferência", explicou Hindiane Saiures.

A diretora do CDP informou que um boletim de ocorrência foi feito e que Josenilde Lopes passou por exame de corpo de delito antes de ser transferida para o Complexo Penal João Chaves, onde chegou por volta da meia-noite. Lá, há uma ala onde presas que cometeram crimes reprovados até pelas próprias detentas são alojadas, e é onde Josenilde permanecerá custodiada até o julgamento, que ainda não tem data prevista para ocorrer.

Fonte: TN Online