Mineiro: Discurso sobre percentual de corte no orçamento é o “bode na sala”

Na sessão plenária desta terça-feira (06), o deputado Fernando Mineiro (PT) defendeu que o foco do debate sobre a crise financeira do Estado não deve ser sobre os cortes orçamentários do governo Rosalba, e sim sobre as causas e medidas para enfrentá-las.

Mineiro comparou a situação dizendo que os cortes são como a história do “bode na sala”, que diz que para resolver um problema é preciso criar artificialmente outro maior. “Nós não devemos contribuir para aumentar o papel do bode na sala, porque ao fazer o acordo do corte no orçamento, a situação financeira do Estado vai continuar”, explicou. “O que temos que discutir são as causa dessa situação e as ações pra enfrentar isso”, disse.

Na opinião do parlamentar, a Casa deveria buscar outro caminho de discussão. “Nós só vamos debater seriamente esse assunto com perspectivas de soluções se sair do debate acerca do percentual do corte”, falou. O parlamentar acha equivocado o debate do “corta ou não corta? Corta quanto?”.

Segundo Fernando Mineiro, não existe mais o que reduzir no Estado, em termos financeiros. “Não tem mais carne para cortar, como vamos cortar no osso? No osso saúde? Da segurança pública? Não me comovo com o choro dos governantes, mas com o choro dos governados. A arrecadação do ICMS foi maior do que o do primeiro semestre de 2012. O governo disse que frustrou as expectativas. No entanto, maior do que a frustração da receita é a frustração da sociedade”, disse o deputado.  

O deputado lembrou também sobre quando, no começo do ano, a discussão eram os vetos da governadora às emendas parlamentares ao Orçamento Geral do Estado. “Esse debate já aconteceu no início do ano e está se repetindo. Naquele momento eu já dizia que o debate sobre o corte era equivocado”, disse. Para Mineiro, os cortes são consequências de uma situação. “Não é só um debate de custeio, é sobre os investimentos, as obras paralisadas e os impactos disso”, concluiu. Postado por Marcos Imperial, via Deputado Fernando Mineiro.

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