Paciente morta por negligência médica no HRTM deixa 11 filhos

Médico do HRTM se recusou a atender a paciente - Cacau
A agricultora Rita Maria Batista que segundo o Ministério Público morreu por suposta negligência médica no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), por parte do médico Gedegilson Galvão da Silva Moisés, tinha 11 filhos. A agricultora morava no sítio Pindoba, zona rural de Felipe Guerra. 
Os advogados Alano Fabrício Vidal Padre e Paulo Cesário Lucena estão defendendo os interesses da família em uma ação civil contra o Estado. Segundo Alano Vidal, os advogados foram procurados pela família em novembro do ano passado para ingressar com a ação. A família pede danos morais e reparação. "A ação está em fase de recolhimento de provas. Mesmo sendo denunciado pelo MP, o inquérito policial não foi concluído", esclarece o advogado.
A família de Rita Maria Batista é carente e a filha mais velha trabalha como empregada doméstica, em Mossoró, para tentar ajudar a sustentar os irmãos. "Fomos contatados pela mãe da vítima, mas a ação é ajuizada pela filha mais velha", esclarece. O advogado destaca que não vai ser um trabalho fácil e que está reunindo provas para que a ação chegue de forma comprobatória à Justiça.

ENTENDA O CASO
O Ministério Público Estadual denunciou o médico Gedegilson Galvão da Silva Moisés por homicídio doloso, por omissão, onde ele teria se negado a operar uma paciente em estado de saúde grave, em abril de 2012, no HRTM. Segundo o promotor Ítalo Moreira Martins, que assina a denúncia, o médico assumiu o risco de morte ao não realizar o procedimento supostamente por estar próximo ao fim do horário de seu plantão.
Em contato com a equipe de reportagem do jornal O Mossoroense, a assessoria do HRTM disse que não irá se pronunciar sobre o assunto já que o médico foi desligado da unidade hospitalar há um ano e dois meses. 
O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que irá abrir um procedimento para apurar a denúncia de omissão do médico.

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