Servidores rebatem declarações do secretário estadual de Saúde e intensificam a grevEm resposta às declarações do secretário Luiz Roberto, servidores realizaram manifestação em frente ao prédio da Sesap. Foto: José Aldenir

Em resposta às declarações do secretário Luiz Roberto, servidores realizaram manifestação em frente ao prédio da Sesap. Foto: José Aldenir
Em resposta às declarações do secretário Luiz Roberto, servidores realizaram manifestação em frente ao prédio da Sesap. Foto: José Aldenir
O Governo do Estado e o Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde não se entendem em relação ao fim da paralisação, que começou desde o dia 1º de agosto e tem causado transtorno à população. O secretário estadual de Saúde Pública, Luiz Roberto Fonseca, garantiu que, caso a greve dos servidores da Saúde seja suspensa imediatamente, o Governo do Estado poderá atender pelo menos quatro dos cinco pontos apresentados pelo Sindsaúde. Por outro lado, a categoria rebate as declarações do secretário e disse que não houve nenhuma garantia do cumprimento dos pontos de reivindicações e que a greve continua por tempo indeterminado. A coordenadora geral do Sindicato, Simone Dutra, disse que a greve não terá fim baseado em promessas.
Na manhã de hoje, servidores em greve realizaram mais um protesto em frente à Sesap contra as declarações do secretário Luiz Roberto Fonseca. “O secretário falou uma inverdade para a opinião pública dizendo que atendeu quatro dos cinco pontos de reivindicações. Não é verdade. Ele apenas sinalizou com promessas, não sinalizou com prazos”, afirmou. Simone explica que o primeiro ponto de reivindicação é a implantação da tabela salarial, elaborada pelo Dieese, que tem por base a Lei 333/2006. “Essa tabela eles não querem nem discutir conosco. Outro ponto é o pagamento dos aposentados. 22% das gratificações que não foram pagas e o Governo não apresenta uma data para pagamentos desses aposentados”, destacou.
Em relação aos concursados, Simone Dutra ressalta a necessidade de convocação urgente desses profissionais, haja vista o alto déficit de servidores nos hospitais do Estado e o fato de a validade do concurso vencer no próximo ano.  “A necessidade não é apenas para o Hospital da Mulher e o Hospital da Polícia Militar. Temos um déficit de 1.850 trabalhadores na saúde. O secretário precisa apresentar um calendário de convocação de todos esses profissionais até o próximo ano. Quero saber quantos profissionais serão chamados para o Walfredo Gurgel, Santa Catarina, Deoclécio Marques, Giselda Trigueiro, pois todos estão trabalhando no limite”, destacou. A sindicalista reclama que a comissão formada desde a reunião realizada no dia oito ainda não foi publicada.
“Foi só promessa. Os trabalhadores estão muito cansados e não tem confiança nesse governo. Como é que eles vão voltar ao trabalho em cima de promessas, se esse governo não cumpre com nada? Não dá condições de trabalho, pois hoje no Walfredo está faltando material para intubação de pacientes. Não têm álcool, nem fita HGT, materiais essenciais. Não dão condições de trabalho e não pagam o nosso salário decentemente. Como voltar nessa situação? Os trabalhadores não aguentam mais. Querem uma resposta e não vão voltar sem essas questões discutidas e atendidas. A posição do governo é cômoda, de quem está com o dinheiro e a repressão na mão, para derrotar os trabalhos”, destacou a coordenadora geral do Sindicato.

Governo consegue esvaziar corredor do Walfredo Gurgel
O mutirão de cirurgias ortopédicas conseguiu esvaziar o corredor de politrauma do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. A Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) já viabilizou o atendimento de 181 pacientes que aguardavam a realização de cirurgias ortopédicas na rede estadual de saúde. Do Hospital Walfredo Gurgel já foram transferidos, desde o início do mês, 92 pacientes. O trabalho será mantido até que a fila de espera, que inicialmente contava com 279 pacientes, seja zerada. A expectativa do Governo do Estado é eliminar a fila de espera por cirurgias ortopédicas nos hospitais do Estado. No entanto, o corredor com pacientes de clínica médica ainda está lotado de pacientes. Hoje, mais de 30 pacientes estavam internados em leitos improvisadas em macas.
O mutirão das cirurgias ortopédicas iniciado em 1º de agosto foi possível através de uma determinação do Governo do Estado que repassou o valor de cerca de R$ 400 mil e viabilizou, junto ao Ministério da Saúde, recursos de urgência e emergência também em torno de mais R$ 400 mil para a execução dos convênios com os hospitais da rede privada. As cirurgias estão sendo realizadas na Clínica Paulo Gurgel, Hospital Memorial e Hospital Médico Cirúrgico.
do JH

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